quarta-feira, 14 de julho de 2010

Artigo: A tragédia do Nordeste



Artigo.




O desastre que atingiu cerca de 95 cidades nos estados de Alagoas e Pernambuco e deixou - em números oficiais - 51 mortos, causou comoção nos quatro cantos do país. 

Os municípios de Santana do Mundaú, em Alagoas e União dos Palmares, em Pernambuco, foram os mais atingidos. Nesses lugares a água, proveniente das fortes chuvas que atingiram a Região Nordeste neste período, rompeu barragens, fez rios transbordarem e destruiu completamente tudo que viu pela frente.



É fato que atmosfera está a cada dia mais poluída. A cada ano, vemos o aumento no número de pessoas que procuram atendimento médico por problemas respiratórios. 

Desconfio que esse céu castigado, que reflete o mau uso da terra, tente nos confidenciar algo de muito importante. E ruim. 

Nele, vemos o desfile de aviões e helicópteros de todos os tamanhos e modelos, que contribuem para tornar o tráfego aéreo tão congestionado e perigoso, quanto o já há muito afogado trânsito de automóveis. 




O avião talvez seja o invento que represente o melhor e o pior de nossa raça. De um lado: coragem, ambição, ousadia, inteligência e o sonho. Do outro: a ambição, a arrogância e, de novo, o sonho, que nos faz acreditar na construção de monstruosos aviões a prova de queda, sonho esse tão absurdo quanto o de construir um navio a prova de naufrágio, como aconteceu com o Titanic, “o navio que nem mesmo Deus em pessoa poderia afundar”. 

Magníficos inventos que quando falham, expõem a fragilidade da raça humana. Tanto de quem cria, quanto de quem utiliza. Nessas horas não há nada ser feito. 




E o mar? Esse tapete de água, antes tão deserto e inexplorado, é hoje burilado nas incursões do homem, que não tem mais para onde ir, nem onde mexer. As baleias sabem bem do que eu estou falando... 

Imagino que a unica extensão de mar ainda pouco “agredida” deve ser a da Somália. Penso dessa forma, porque passar pelo Golfo de Áden, porta de entrada e saída para o Mar Vermelho e o Canal de Suez, que liga a Europa, Oriente Médio e Ásia e conhecido como “o paraíso dos piratas”, requer muita coragem. A Somália, que há 19 anos não tem um governo oficial, é a verdadeira terra de ninguém. Possivelmente o pior lugar do mundo para viver. Mas isso é uma outra história...



E nossas casas? Nossos abrigos precisam ser construídos em lugares mais altos e com material mais resistente. Tudo isso para resistir à fúria dos ventos e também para ficar de pé e agüentar à rasteira que a água dá, quando se vê livre para correr.  

O aquecimento global torna a vida mais quente, e não apenas nas áreas mais sertanejas, como a história conta, mas também em cidades conhecidas pelo tempo frio. A previsão do tempo esta cada vez mais maluca. No inverno faz sol, no verão chove sem parar, isso sem contar a dificuldade que é encontrar uma árvore florida na Primavera.


Tem também os vulcões, que quando decidem acordar, causam surpresa e pavor. As cataratas de fogo derretem tudo que encontram pela frente e são capazes também de derreter as geleiras dos mais altos Alpes. 
Cada vez mais presentes estão os terríveis terremotos, que duram segundos, mas fazem a terra tremer tão forte, que deixam cidades inteiras arruinadas. O que não vira pó vira cinza, pois o fogo se ocupa do resto. Quando penso na Haiti, a primeira coisa que me vem a cabeça é ]o tremor que atingiu logo ele, que é o país mais miserável das Américas. O tremor foi rápido, durou alguns poucos segundos, mas foi capaz de deixar mais de 200 mil pessoas mortas.

São enfim, os elementos naturais da terra trabalhando juntos, como nós sempre sonhamos.


 Vitor Lopes.








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