segunda-feira, 25 de maio de 2009

Brasil: A avenida do medo

O abandono total da principal avenida do Rio de Janeiro
Foto arquivo





Seqüestros-relampago, assaltos, arrastões, acidentes e mais acidentes e mortes, muitas mortes. Assim é a rotina da Avenida Brasil, conhecida como a veia da Zona Oeste, pelos moradores dessa região ou “Corredor Polonês”, apelido que a Polícia Militar carioca colocou na via, pelo fato dela ser espremida por mais de 50 favelas ao longo de 28 bairros.
A avenida de 58,3 quilômetros foi inaugurada em 1946 e se estende do caju, na Zona Portuária a Santa Cruz, na Zona Oeste, onde sobram buracos, falta sinalização e a iluminação a noite é precária. Roberta Gomes reside em Bangu e há anos passa pela Brasil. São duas horas e meia todos os dias para chegar em Manguinhos. “As vezes a volta demora ainda mais”. Para ela, o tempo que se perde em conseqüência da buraqueira, e os engarrafamentos são os principais problemas da Avenida. No entanto, reflete e chega à conclusão de que “sem a problemática avenida, tudo seria muito pior”. “Se não vier pela Brasil, tenho a opção do Trem”. “Aí, apesar de não ter engarrafamento, eu perco em tempo, pois tenho que fazer baldeação na Central do Brasil, pra depois voltar no ramal que vai me deixar em Manguinhos”.
Durante o dia, o trânsito é pesado, caminhões e ônibus disputam espaço com carros e motocicletas. “Depois do horário de pico, o trânsito melhora “ai é hora de sofrer com a ação dos ladrões” diz ela com ar de irritação.
Enquanto isso, os cerca de dois milhões de pessoas que precisam transitar pela principal porta de entrada da cidade, esperam que os infinitos problemas sejam solucionados o mais rápido possível.
Reclamações podem ser feitas no site da Prefeitura do Rio, no endereço: www.rio.rj.gov.br/obras

Por Vitor Lopes

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